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Dezoito chacinas aconteceram em Salvador e RMS em seis meses, aponta instituto

Das 18 chacinas, 13 ocorreram durante ações e operações policiais, com 45 mortos. Uma média de duas chacinas policiais por mês

Redação iBahia • 06/02/2023 às 14:43 - há XX semanas

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					Dezoito chacinas aconteceram em Salvador e RMS em seis meses, aponta instituto
Foto: Reaja - Organização Política

Entre julho e dezembro de 2022, foram registradas 18 chacinas em Salvador e Região Metropolitana, onde 60 pessoas foram mortas e sete feridas, segundo Instituto Fogo Cruzado. Das 18 chacinas, 13 ocorreram durante ações e operações policiais, com 45 mortos. Uma média de duas chacinas policiais por mês.

Desses 18 casos, oito aconteceram em Salvador, com 27 mortos, três em Simões Filho (11 mortos), uma em Camaçari e outroa em Candeias, com três e quatro mortos, respectivamente.

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Dentre os casos marcantes de chacinas policiais, contabilizadas entre os meses de julho e dezembro de 2022, o caso da idosa Maria de Lourdes Alves dos Santos, 65, morta após ser baleada durante uma perseguição policial, enquanto fazia caminhada. Além da idosa, dois homens também foram mortos.

Outro episódio é o caso do motorista por aplicativo Ednoel Santos Moura, 40, que foi baleado e morto enquanto estava trancado no porta-malas do próprio veículo. Ele foi atingido durante uma perseguição policial que resultou na morte de outras três pessoas que também estavam no carro. No dia 2 de agosto, outras sete pessoas foram baleadas: três delas morreram, durante um tiroteio no bairro da Liberdade, em Salvador.

No último semestre de 2022, o Fogo Cruzado contabilizou o total de 753 tiroteios ou disparos de arma de fogo em Salvador e região metropolitana, 244 deles em ações e operações policiais.

Os registros apontam que no total 499 pessoas foram mortas na região em seis meses. Considerando apenas operações policiais, 172 pessoas foram mortas, representando 34% dos mortos mapeados em toda Salvador e Região Metropolitana entre julho e dezembro de 2022. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a Bahia é responsável por um dos maiores números de mortes decorrentes de intervenção policial do país. Entre 2015 e 2020, 17% de todas as mortes.

Chacina do Cabula

Nesta segunda-feira (6) completam oito anos da chacina do Cabula. O episódio, que aconteceu em 2015, culminou na morte de 12 jovens que tinham entre 16 e 28 anos, e feriu outras seis pessoas durante uma operação policial.

A PM alegou que teria apenas reagido a disparos de arma de fogo iniciados pelas vítimas. Na época, a corporação informou, em nota, que o tiroteio aconteceu após denúncias de que um grupo planejava roubar um banco na região.

Com as vítimas, segundo a polícia, teriam sido encontrados revólveres e armas de grosso calibre, como espingarda, além de cinco coletes de camuflagem utilizados pelo Exército. No entanto, posteriormente, a apreensão foi negada.

Entre os 12 mortos, estavam 4 adolescentes. Na época, os familiares das vítimas apontaram que os policias mataram sem motivos. Após a denúncia, o caso passou a ser investigado.

Agora, o caso segue em segredo de Justiça. Segundo o TJ-BA, apenas as partes envolvidas e os procuradores que estão no caso têm acesso às informações.

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