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Baiana que mora em Paris relata clima de tensão após atentados

Adriana Liberato já reside na cidade francesa há cerca de 1 anos e 3 meses com a família

• 14/11/2015 às 10:08 • Atualizada em 28/08/2022 às 12:57 - há XX semanas

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Adriana Liberato mora em Paris a 1 anos e 3 meses
O clima é de pura tensão e medo para a baiana Adriana Liberato, que mora em Paris com a família há cerca de 1 ano e 3 meses e vivenciou de perto os atentados à cidade, ocorridos na noite da sexta-feira (13), e que já contabiliza mais de 100 mortos e 200 feridos. Quando a notícia dos ataques chegou até Adriana, ela estava na casa de amigos, há 30 km de Paris. O filho mais novo, Rafael, de 13 anos, visitava pontos turísticos, no centro da cidade, com colegas da escola. O mais velho, Shefic, de 15, voltava da Alemanha, pelo aeroporto Charles de Gaulle. O marido desembarcava em Paris, após uma viagem de trabalho à Espanha. Todos estavam separados e cada um em um local da cidade.  "Quando soube do que estava acontecendo eu sai igual louca da casa dessa amiga, peguei a estrada e só fui vendo ambulância, polícia, carros correndo. Meu filho me ligando, querendo entrar no metrô, desesperado com o que estava acontecendo e eu dizendo que não era para entrar. Evacuaram tudo e tudo foi ficando deserto rapidamente. Meu filho não conseguia pegar táxi. Ai um amigo nos ajudou e buscou ele. Meu marido estava chegando de viagem e conseguiu pegar um dos meninos para levar para casa", relatou ela ao iBahia, por telefone, na manhã deste sábado (14).
Adriana, o marido e os dois filhos
"Foi bem tenso. Eu tô com meu braço esquerdo paralisado de tão nervosa que fiquei, mas tive que manter a calma, tranquilizar a família que ligava desesperada para mim. Eu sem poder falar como estava tudo. Meu maior desespero é que eu estava há 30 km de Paris e tinha que pegar meus filhos. Um deles estava próximo ao estádio, mas conseguiu entrar no ônibus da escola e eu fiquei mais tranquila", disse ela, que desde ontem não para de receber ligações e mensagens de amigos e familiares preocupados com eles. "A família desesperada, mas a primeira coisa que eu fiz foi deixar uma mensagem no facebook dizendo que estávamos bem. Passei mensagem de voz para as famílias, só que o telefone não para de tocar", contou. Sobre o clima na cidade, Adriana se mostrou incrédula. "Clima horrível, muito triste, todo mundo consternado, tudo muito tenso. O governo francês esta todo reunido e decretou 3 dias de luto. A população diz que a França vai ser impiedosa com essas pessoas que estão fazendo isso. Acredito que eles estão reunindo forças e preparando uma guerra com paz, mas uma uma guerra com a população que está devastada. Aqui, no noticiário, já falam em 250 feridos e 158 mortos. Tem muita gente em estado grave. Informações não param de chegar nos grupos de Whatsapp local. Falam que o Estado Islâmico está preparando outros atentados em Washington, Roma, Londres", contou. A programação do fim de semana da família de Adriana foi toda cancelada. Já mais calma e com todos reunidos, ela diz que não pretende sair de casa. "São 3 dias de luto e isso é bem respeitado aqui. Hoje a gente tinha programado um jantar com amigos, mas cancelamos tudo. Ninguém sai de casa, as portas estão fechadas, vários comércios fecharam suas portas. Graças da Deus eu fiz compra grande ontem e não vou precisar estocar, nem ir ao mercado". De acordo com a baiana, foram proibidas manifestações e protestos na cidade. "Qualquer tipo de aglomeração de pessoas agora está proibido. A situação é delicada. As fronteiras foram abertas para receber os refugiados, mas logo após os atentados ontem a noite já foram fechadas".

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